Símbolo da maior cidade do país, o metrô de São Paulo completa em 2024 cinco décadas de operação.  

Muito aguardados pelos paulistanos à época, os trens daquele novo meio de transporte começaram percorrendo um trecho de 6,4 quilômetros da então chamada linha Norte-Sul, entre as estações de Vila Mariana e Jabaquara. As obras haviam começado em dezembro de 1968, tendo durado quase seis anos. 

A expansão do metrô demandaria ainda muitos desafios tecnológicos, como o trecho entre as estações Liberdade e Luz, no centro da cidade, região de grande adensamento, o que limitava intervenções de engenharia mais tradicionais. 

A solução encontrada nesse trecho foi usar a tuneladora Shield, carinhosamente apelidada pelos paulistanos de “Tatuzão”. A escavação no coração de São Paulo é considerada um marco da engenharia brasileira.  

Nesses 50 anos, o mapa do Metrô foi crescendo – hoje são mais de cem quilômetros de trilhos – e ganhando novas cores, como o Laranja da Linha 6, que está sendo construída entre a zona norte da capital e a estação São Joaquim (Linha Azul), em área central da cidade, cruzando as Linhas 1 (Azul), 4 (Amarela) e 5 (Lilás), que já estão em operação. 

A Linha Laranja terá nessa etapa extensão de 15,3 quilômetros e 15 estações, espalhadas ao longo de um trecho que chega a consumir horas de quem se dispuser a fazer o percurso por meio de outras formas de transporte público. A ideia é que a viagem entre as paradas terminais (estação Brasilândia, na zona norte, e a estação São Joaquim) dure apenas 23 minutos. 

A exemplo de outras linhas, a Laranja vai oferecer ao usuário a possibilidade de fazer conexões com outros ramais importantes do transporte público de São Paulo, como as linhas 7 Rubi e 8 Diamante da CPTM e as linhas Amarela e a já citada linha Azul do Metrô.  

É nesse local, na interligação entre a linha Azul e a nova linha Laranja, na efervescência da estação São Joaquim, que a Telar volta a construir uma história de ligação direta com a mobilidade de São Paulo.  

A Telar será responsável pela execução dessa importante conexão, em mais um exemplo da participação da companhia na expansão do Metrô paulistano. A previsão é que as obras sejam concluídas até 2026.  

A Telar está presente ainda no atual mapa da expansão do Metrô de São Paulo com outros projetos importantes, como a ampliação do túnel e passagem de pedestres entre as Linhas 2 e 4 do metrô (a conexão entre as estações Paulista da Linha Amarela e Consolação da Linha Verde). 

Com seu know how, a Telar já participou de dezenas de obras de infraestrutura – muitas delas subterrâneas – que ajudaram a tornar o Metrô de São Paulo uma referência de nossa engenharia.  

Sua vasta experiência inclui a construção de estações, pátios de manobras, recuperações de infraestrutura e outras intervenções complexas. 

Entre essas obras estão projetos que exigem alta capacitação técnica e mão-de-obra qualificada, como a interligação na estação Luz do metrô e a passagem de pedestres da estação Clínicas, na qual foi aplicado o método não-destrutivo para a construção de túneis que a Telar desenvolveu, o Tunnel Liner (adotado com sucesso também em outras áreas da infraestrutura, como o saneamento). 

Sempre que a população de São Paulo ganha novas estações de metrô, a mobilidade avança, e a Telar assina mais um capítulo de sua história de obras para o Metrô.  

* Por Nelson Lourenço, jornalista