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Dia Internacional da Mulher 2022

A presença feminina nas empresas do Grupo TELAR é histórica e se inicia na fundação da TELAR Engenharia, em 1969. Dona Telma Botter foi a primeira mulher a fazer parte da nossa história e, além de nos emprestar as letras iniciais do seu nome, deixa um legado de valor e grande apreço pelas pessoas. Ela certamente se orgulharia de ver mulheres conquistando cada vez mais espaço na área da engenharia, especialmente aquelas que fazem parte do grupo e que, cada vez mais, ajudam a construir a TELAR.

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, buscamos saber o que algumas das nossas colaboradoras têm a dizer sobre a data e o resultado é sempre inspirador. Veja abaixo.

 

“A data de 08 de março se tornou um marco para as lutas e conquistas das mulheres em obter igualdade na sociedade. São acontecimentos marcados por muitas perdas e principalmente conquistas, estas que sempre levo como base para o meu crescimento, tento (mesmo que de forma pequena), influenciar as próximas gerações para que as mulheres possam ter mais oportunidades na área da Engenharia. Tenho orgulho em poder fazer parte de uma empresa que apoia e nos dá oportunidade de fazer história!” Gabriela Santiago João, Assistente de Engenharia.

 

“Não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da conquista e você é capaz de fazer o que você quiser… Mulher, acredite na sua força. Você é mais do que capaz!” Maiara Franco, Recepcionista.

 

“Guerreiras que travam batalhas. Mulher é a própria armadura e sempre sabe o melhor jeito de ir à luta. Feliz Dia das Mulheres!” Adriana Lima, Secretária da Diretoria.

 

“O Dia Internacional da Mulher simboliza a luta histórica de todas as mulheres que contribuíram e continuam construindo para que o mundo seja um lugar de respeito e igualdade. Na minha vida profissional, esse dia vem para reforçar o quanto somos guerreiras, somos mulheres, temos tripla jornada, somos mães e ainda excelentes profissionais. Hoje as mulheres estão em todas as áreas, no trabalho principalmente conquistamos muitas coisas, e por isso é muito justo um dia em nossa homenagem.” Cibele de Oliveira, Assistente Administrativa.

 

“Admiro todas as mulheres de garra e coragem, elas são as verdadeiras arquitetas da sociedade. Não é à toa que a peça mais forte do jogo é uma dama.” Cleusa Silva, Secretária da Diretoria.

Patricia Frangucci, Analista de Licitações.

Agradecemos e parabenizamos todas as mulheres! Celebramos o Dia Internacional da Mulher com grande consideração e empatia, e desejamos que todos os dias, todas as mulheres do mundo, sejam respeitadas.

 

08 de março, Dia Internacional Da Mulher

@TelarEngenharia

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Artigo Saneamento Telar Engenharia

ANA pode regular saneamento para destravar expansão do setor

Por Marco Botter

Em 09/08/2016

O Brasil continua sendo um país de muitos contrastes.

Em levantamento feito no ano de 2012, nosso país alcançou o 4º lugar, em números absolutos, entre aqueles que acessam a internet. Mais de 60% da população brasileira acessa a rede mundial de computadores. Fomos superados apenas pela China, Índia e Estados Unidos – notar que os três países têm populações significativamente maiores que a nossa.

Quanto aos usuários da rede social mais popular do mundo, o Facebook, em estatística do ano de 2013 ficamos em 2º lugar, com 65 milhões de usuários, superados apenas pelos Estados Unidos.

Percebe-se que nossa população está entre as mais “conectadas” do planeta.

No entanto, é lamentável que nossa sociedade, apesar disso, é ainda muitíssimo mal informada quanto à ordem de prioridades das suas próprias necessidades básicas.

Basta conhecer os números vergonhosos do setor de Saneamento do país. O Jornal Valor Econômico em sua matéria com título acima enunciado, informou:

“Menos da metade das residências do país tem cobertura de esgoto atualmente, enquanto o fornecimento e água atende 93% da população. O investimento anual no setor, público e privado, gira em torno de R$ 12 bilhões, bem abaixo dos R$ 15 bilhões por ano necessários para universalizar os serviços em 20 anos, como prevê o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).”

É trágico pensarmos que menos de 40% do esgoto produzido no país recebe tratamento adequado.

Para uma população com 200 milhões de habitantes, considerando cobertura de 90% para água potável, despejamos diariamente mais de 12 milhões de metros cúbicos de esgotos não tratados em nossos rios e em nossa orla marítima.

As conseqüências deste disparate são arrasadoras. Até mesmo a capacidade cognitiva de nossas crianças é afetada, pois 75% das internações na rede pública de saúde têm origem nas doenças transmitidas pela poluição das águas.

Doenças como diarreia acabam prejudicando a alimentação nos primeiros anos da infância, comprometendo definitivamente a capacidade intelectual de muitos destes doentes. Outro dado informado pelo Instituto Trata Brasil dá conta de que 7 crianças morrem todos os dias no país por doenças originadas em água contaminada. São 2.500 mortes por ano!!!

Nossos números do setor de Saneamento são inaceitáveis e nos envergonham.

Conclusão: apesar de toda nossa “conexão” não sabemos avaliar nossas prioridades.

Dessa forma, qualquer medida em favor de mais investimento no setor de Saneamento Básico no Brasil é urgente e muito bem-vinda.

É sabido que apesar de, até o momento, o setor privado ainda representar apenas 5% do atendimento total do Brasil em termos populacionais, a solução definitiva passa pela atuação conjunta do ente privado e do Setor Público.

A Lei 11.445/2007 – Lei Nacional do Saneamento representou um grande avanço para o Setor. Com um regramento mais claro, o Setor Privado pôde avançar em seus investimentos. No entanto, nosso atraso é de tal modo gigantesco que muito mais ainda precisa ser feito.

As medidas anunciadas pelo Governo Interino de Michel Temer são necessárias mas estão muito longe de ser suficientes.

Conforme a matéria do jornal Valor Econômico, são três frentes.

O Projeto de Lei no 95, de 2015 (no 2.290/15 na Câmara dos Deputados), que “Altera a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007.

Consideramos boa iniciativa, porém, muito tímida. Para ser uma medida mais efetiva, as empresas de Saneamento deveriam ser totalmente desoneradas de PIS e Cofins, aplicando tais recursos na ampliação de suas facilidades. Renúncia fiscal? Sim! Mas com um objetivo altamente prioritário. Somente a Sabesp teria disponibilidade de investir cerca de R$ 700 milhões por ano.

A exigência legal de criação de agências reguladoras locais para o estabelecimento de parcerias entre os setores público e privado é plenamente justificável (Lei 11.445/2007). No entanto, por outro lado, gerou a distorção apontada pela ABCON – Associação Brasileira da Concessionárias Privadas de Água e Esgoto. Proliferação de agências municipais nem sempre aparelhadas para exercer seu importante papel.

Nessa linha, encarregar um organismo competente para exercer tal regulação pode ser a solução. Porém, para que a ANA – Agência Nacional de Águas exerça esse papel, haverá que se promover uma reestruturação voltada para essa nova atribuição.

Considerando-se as enormes diferenças regionais em nosso país, uma medida recomendável seria a criação de escritórios regionais, obedecendo critérios geográficos ou mesmo de influência por bacia hidrográfica.

Quanto ao terceiro eixo de atuação do Governo, consideramos altamente meritória a iniciativa de apoio federal para estados e municípios, com o objetivo de elaborar modelagens de parcerias com a iniciativa privada, visando à ampliação dos investimentos no setor.

Consideramos, portanto, um alento que o atual Governo Federal tenha se preocupado em atacar aquele que é o mais frágil e abandonado setor de toda a nossa infra-estrutura.

No entanto, preocupa-nos, ainda, a desinformação total de grande parte de nossa sociedade quanto à magnitude do descalabro que representa o Setor de Saneamento no Brasil, no tocante à coleta, afastamento e principalmente ao tratamento de esgoto.

Como vimos recentemente no cenário político, as mudanças realmente importantes são conseguidas pela mobilização da sociedade, quando bem informada e com foco determinado.

Nossa opinião é de que, somente quando a Sociedade se sensibilizar com a suma importância do Setor de Saneamento e sua íntima relação com a saúde pública é que poderemos ter esperança de que a solução será alcançada.

Comentários em referência à matéria do Valor Econômico, de 22/07/2016.

*Marco Botter é diretor-presidente da TELAR Engenharia e Comércio S.A, Engenheiro Civil, Poli USP, Pós-Graduado Métodos Quantitativos, FGV.

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